Como ajudar seus clientes regulando a ação dos Radicais Livres

Ilustração Radical Livre

A formação de radicais livres acontece o tempo todo.

Quando essa formação foge do controle, leva as disfunções estéticas, que incomoda tanto as pessoas.

O profissional que deseja oferecer resultados efetivos deve reconhecer os fatores que levam a formação dos radicais livres, e a forma como desenvolver procedimentos para regular essa formação.

Avaliar o quanto seu cliente se expõe a esses fatores é fundamental para resultados efetivos.

Muitas profissionais se sentem frustradas quando recebem uma cliente para fazer uma drenagem linfática e percebe que não forneceu o resultado pretendido. E depois descobre que a cliente fumou antes de vir para a sessão.

Ou mesmo quando a cliente vem para uma sessão de redução de gordura localizada e não reduz quase nada, ou que as medidas voltaram pouco tempo depois. E depois de questionar a cliente descobre que ela comeu salgados e frituras antes de vir para o atendimento.

São resultados frustrantes que leva muitas profissionais a pensarem o que estão fazendo de errado.

Acredite, não é culpa sua.

Eu mesma já passei por diversas situações assim com minhas clientes.

E foi justamente depois de muitos questionamentos que fiz minha formação em ortomolecular.

E é sobre a causa dessas não respostas estéticas que quero conversar com você hoje.

Um dos fatores que interferem na resposta estética é a formação excessiva de radicais livres.

Entendendo o que que são e onde atuam esses radicais livres, você estará no controle da situação.

Irá modular a ação do estresse oxidativo, saberá orientar sua paciente sobre condutas que ela deverá adquirir para não só manter os resultados estéticos, como também ter uma melhor qualidade de vida.

Neste artigo você saberá exatamente o que é um radical livre, como ele se forma, quais ações provoca no organismo e como você pode, com ações simples diminuir a ação desses radicais livres, auxiliar sua cliente e ainda obter sempre o resultado estético tão desejado.

1. O que são Radicais Livres?

Ilustração Radical Livre Átomos

A menor divisão de nosso tecido é o átomo.

Esse átomo tem um núcleo composto de prótons e nêutrons.

Em volta desse átomo existem várias órbitas composta por elétrons.

Para que seu organismo funcione adequadamente é preciso que este átomo se encontre em equilíbrio, com todos os elétrons orbitando sem nenhuma interferência ao redor do núcleo.

O oxigênio que respiramos é reativo e acaba por interferir nesse equilíbrio atraindo um elétron para ele, descompensando assim esse átomo. Esse acontecimento deixa esse átomo reativo e faz com ele busque novamente o equilíbrio atraindo outro elétron de outro átomo.

Radical livre é, portanto, esse átomo que perdeu um elétron de sua órbita mais externa.

2. Excesso de Radicais Livres

Excesso de Radicais Livres

Confusão feita, inicia então uma cascada de oxidação, que geralmente ataca a membrana celular, podendo levar essa membrana a morte.

Então imagine como está sua cliente, que tomou muito sol, está estressada, fumou um cigarro antes de vir para você depois de ter comigo aquela coxinha om refrigerante.

A boa notícia é que nosso organismo tem sistemas de controle desses radicais livres.

A formação de radicais livres é um processo normal no nosso organismo.

Muitas vezes as células do nosso sistema imunológico criam os radicais livres para combater vírus e bactérias.

O problema é quando a quantidade de radicais livres supera a ação reguladora de nosso organismo.

Os radicais livres agem sobre as células, alterando suas membranas e dando-lhes um aspecto de células velhas que, normalmente, seriam eliminadas pelo sistema imunológico do organismo.

No entanto, quando a quantidade de células alteradas é aumentada pelo excesso de radicais livres e quando, devido ao envelhecimento cronológico do organismo, há diminuição do sistema imunológico, o organismo não consegue eliminar as células alteradas.

Assim, algumas dessas células sobrevivem e começam a funcionar de maneira inadequada, alterando a fisiologia do tecido, do órgão e de todo o organismo.

Como essas células podem ter seu código genético alterado, multiplicam-se desordenadamente, propiciando o aparecimento de tumores, doenças pulmonares, cataratas entre outras.

Os radicais livres se formam durante toda nossa vida, mas são mais sentidos da idade adulta em diante.

Além dos fatores internos que geram os radicais livres, há também os fatores externos que contribuem e muito para a sua formação:

Poluição

Raio X

Radiação ultravioleta do sol

Cigarros

Álcool

Café em excesso

Resíduos de pesticidas

Exercícios físicos de modo indevidos.

Alimentos embutidos

Alto consumo de gorduras saturadas. (Frituras e embutidos)

Estresse

O desequilíbrio entre moléculas oxidantes e antioxidantes que resulta na indução de danos celulares pelos radicais livres tem sido chamado de estresse oxidativo (Sies, 1993)

Radicais Livres Efeitos Positivos e Negativos

Lembra eu falei há pouco que a ação dos radicais livres era na membrana celular?

Pois é, com sua ação na membrana celular, a célula sofrem alterações em sua estrutura, e em consequência tendem a ser eliminadas pelo sistema imune.

Bem, se houver excesso de radicais livres, haverá também uma quantidade bem maior de células danificadas, o sistema imune pode não dar conta de eliminá-las.

As que permanecem no organismo começam a funcionar inadequadamente, acabam s multiplicando desorganizadamente, dando origem, por exemplo, ao aparecimento de tumores, e doenças diversas.

Quanto mais uma pessoa ficar exposta aos fatores externos, maior é a quantidade de radicais livres que se acumulam no seu corpo.

Com o tempo, esse efeito cumulativo pode causar alterações prejudiciais e irreversíveis à nossa saúde, levando também as disfunções inestéticas como:

Manchas pigmentadas na pele

Rugas precoces

Perda da hidratação cutânea

Celulite

Flacidez

Gordura Localizada

Obesidade, entre outra

Por esse motivo a anamnese do cliente é de extrema importância.

3. Como controlar a ação dos Radicais Livres…

Tem como se impedir a produção de radicais livres.

Não, não tem. Toda vez que respiramos, produzimos radicais livres.

A boa notícia é que tem como se controlar a ação dos radicais livres.

Para se controlar a ação dos radicais livres deve-se utilizar agentes antioxidantes.

Mas o que em a ser um agente antioxidante?

Segundo Sies & Stahl, 1995 é “qualquer substância que, presente em baixas concentrações quando comparada a do substrato oxidável, atrasa ou inibe a oxidação deste substrato de maneira eficaz”.

Os antioxidantes são substâncias que podem prevenir ou reparar os danos oxidativos causados por espécies reativas de oxigênio em lipídios, proteínas e ácidos nucleicos, ou seja, os antioxidantes possuem a capacidade de reagir com os radicais livres e assim impedir os seus efeitos maléficos ao organismo (COUTO, CANNIATTI-BRAZACA, 2010, VASCONCELOS et al., 2014).

Os antioxidantes atuam de duas formas sob os radicais livres: inibindo sua formação e reparando as lesões já causadas. A primeira está relacionada à inibição de reações em cadeia que envolvem sua formação; e o segundo, na remoção de células danificadas, seguida da reconstituição das membranas celulares.

Nosso organismo possui uma primeira linha de defesa contra a formação excessiva de radicais livres. Eles são conhecidos como antioxidantes enzimáticos e são a primeira linha de defesa contra espécies reativas ou radicais livres de oxigênio.

Temos também os Antioxidantes solúveis que se estão no sangue ou nos fluidos intersticiais.

Antioxidantes nutricionais encontrados em frutas e vegetais, como a Vitamina C, E e A

Os provenientes da dieta – eles são encontrados em frutas, verduras e legumes.

Isso significa que uma alimentação balanceada se torna essencial para o bom funcionamento do organismo.

Segue a lista dos principais antioxidantes:

Vitamina C: frutas cítricas (laranja, limão, abacaxi)

B-caroteno (mais conhecido como “betacaroteno”): alimentos de cor amarela ou laranja (cenoura, mamão, pêssego, manga) e vegetais verdes escuros (rúcula, agrião, espinafre, couve).

Carotenoides (predecessores da Vitamina A): legumes e frutas de cores laranja e vermelha.  Já a Vitamina A pode ser encontrada tanto nas fontes dos carotenoides quanto nos alimentos de origem animal.

Vitamina E: grãos e sementes oleaginosas (nozes, castanhas, amêndoas), óleos vegetais, couve, abacate, alface, espinafre, carnes magras, laticínios.

Flavonoides: suco de uva integral e vinho tinto, morango, soja e nozes.

Catequinas: chá verde ou o chá preto, por exemplo.

Licopeno: alimentos com pigmentação vermelha (tomate, goiaba, melancia).

Oligoelementos (micronutrientes) são os despolarizantes celulares para que as vitaminas antioxidantes penetrem nas células e cumpram sua função. Os oligoelementos ainda fazem parte do núcleo da célula (DNA/RNA).

Sobre as vitaminas. Temos as lipossolúveis e a hidrossolúveis:

Lipossolúveis: A / D / E / K. São melhores absorvidas na presença de gorduras, bile e sucos pancreáticos. São armazenadas por longos períodos no organismo, especialmente no fígado. Por isso, podem acumular doses tóxicas quando ingeridas por muito tempo.

Hidrossolúveis: complexo B e vitamina C. Não são armazenadas no organismo e suas reservas se esgotam em poucas semanas. Por isso devem ser ingeridas continuamente, e o excesso dessa ingestão é facilmente excretada pela urina.

ATIVOS:

Resveratrol: é um polifenol que pode ser encontrado principalmente nas sementes de uvas, na película das uvas pretas e no vinho tinto. E também é encontrada na pele do amendoim.

Atua como antioxidante, com ação anti-inflamatória.

Estudos in vitro e in vivo comprovam que quando aplicado topicamente o resveratrol inibe o estresse oxidativo induzido por UVB. (Bogdan Allemann I, Baumann L – 2008).

Auxilia no rejuvenescimento: Em um estudo com ratos em laboratório, os que receberam uma dieta hipercalórica, viveram 20% a mais comparados com os demais ratos que não ingeriram o resveratrol

Chá verde: além de antioxidante, também atua como anti-inflamatório. Os antioxidantes em geral conseguem apenas prevenir os danos ao DNA, mas os polifenóis do green tea se diferenciam por serem capazes de reverter esses danos. (Katiyar SK.-2012)

4. Antioxidantes aplicados na Estética

Até aqui, tudo certinho?

No seu atendimento diário, você realiza procedimentos que também levam a formação de radicais livres, como: processos esfoliativos, o uso de determinados equipamentos como rádio frequência, criolipólise, peelings, microagulhamento, indução de calor, entre outros.

E isso pode irá se somar a produção de radicais livres que o organismo de sua cliente já possui.

Logo você deve fazer uma avaliação global e determinar quais procedimentos antioxidantes irá realizar com sua cliente, desde a sugestão de antioxidantes através de alimentos e/ou suplementos antes e após o procedimento estético.

Dessa forma irá auxiliar na recuperação rápida do tecido e na manutenção dos resultados estéticos.

Vamos ao resumo de tudo que conversamos aqui hoje:

Hoje fiz um pequeno resumo do que é radical livre e como ele se forma.

Que, quando em excesso leva as disfunções estéticas, e, portanto, necessita da nossa atenção e avaliação no sentido de regular sua ação, de forma a proporcionar os melhores resultados estéticos para a cliente.

Esse controle se dá através de elementos que denominamos de Antioxidantes, que tem como função inibir ou mesmo eliminar a ação dos Radicais Livres.

Apresentei para você um time de peso na antioxidação de sua cliente, e lhe mostrei também como fazer isso de forma segura e eficaz.

Espero ter contribuído para alavancar seus procedimentos estéticos e sua compreensão que diversos fatores influenciam no resultado dos procedimentos estéticos, uma vez que estamos trabalhando com pessoas, e que que cada uma é diferente da outra, está em um momento distinto, com uma capacidade de resposta única.

Quanto mais compreender como tudo isso acontece, maior será seu resultado.

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Se você for como eu e deseja entrar nesse universo fantástico da ortomolecular, eu lhe convido a fazer parte do nosso time de experts em Estética Ortomolecular.

Sobre o autor | Website

Formada em estética e biomedicina, com especializações nas áreas de fisiologia humana, nutrição clínica e ortomolecular, saúde da mulher no climatério, biomedicina estética e análises clínicas. Já ajudou milhares de profissionais na área através de cursos de atualização, matérias em revistas especializadas, palestras em congressos do setor, docente em cursos de pós graduações em estética. Especializada em life coaching, programação neuroliguística, hipnose clínica e terapias integrativas.

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